sexta-feira, maio 18

Pintura: A Família Thaulow (1895) - Ricardo Noblat: O Globo

Pintura: A Família Thaulow (1895) - Ricardo Noblat: O Globo


Pintura: A Família Thaulow (1895)

Hoje, encerramento desta semana dedicada às Mães, o post é dedicado aos Pais. Contradição? Não. Há pais que são verdadeiras mães e quando assumem essa posição, se saem muito melhor do que as mães.


Dizem que o amor das mães é incondicional.
Discordo.
Incondicional é o amor dos pais que, raramente, ou mesmo nunca, fazem cobranças indevidas tipo “você não me telefonou”, “você não vem nos ver” e que tais. Quando reclamam, como são muito vivos, fazem assim: “Não faça isso com sua mãe. Dê notícias!”...
O que os pais cobram dos filhos é vê-los agir como lhes foi ensinado e de acordo com o exemplo que receberam.
E podem pesquisar entre amigos e parentes: problemas realmente sérios, é a mão do pai que os filhos buscam.
Falo de um mundo ideal? Falo. No de hoje, onde a mulher compete com o homem em todas as áreas, poder, glória, fama e dinheiro, é tudo muito diferente do que foi até aqui nesta minha estrada de longos 74 anos. Só posso falar do que vi e vejo. Mas posso imaginar um mundo onde as mulheres, essas executivas poderosas e super competentes, terão o comando nas mãos: e aí, digo, que bom que estou de saída... 
Agradeço a todos a delicadeza dos comentários e até pra semana, quando a Obra-Prima voltará ao seu formato original.

A frase traz uma novidade: serão três frases de crianças. Não consegui escolher:
• Quando a mamãe está cansada, por que sou eu que tenho que ir deitar? (Marie, 3 anos)
• Mamãe, quando a gente morre, é pra vida toda? (Júlio, 6 anos)
• Eu durmo na minha cama e meu irmãozinho dorme na dele. A mamãe e o papai dormem na mesma cama porque eles são do mesmo tamanho (Catarina, 4 anos)

A obra: “A Família Thaulow”, de Jacques-Émile Blanche (1861/1942). Seu estilo, de pinceladas que começavam no centro da tela e aos poucos iam se alargando e formando o ambiente onde as figuras sobressairiam, é interessante e resultou numa tela onde a vida, o amor e a união de uma família são patentes. Primeiro ele pintou o rosto do pai, Frits Thaulow (1847/1906), olhando a tela que pintava; depois a pequena Ingrid e seu irmão Harald; por último, a filha do primeiro casamento de Thaulow, Else, sobrinha de Paul Gauguin. Apresentado no Salão de Paris de 1896, essa obra, de estrutura rigorosa apesar da aparente espontaneidade das pinceladas, foi aclamada por toda a severa e complicada crítica da época, o que fez com que Blanche dissesse anos mais tarde que esse trabalho foi o que fez dele um pintor. Óleo sobre tela, 180x200. Acervo Museu d’Orsay, Paris.

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